UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO
SUPERIOR A DISTÂNCIA
RELATÓRIO DA VISITA
TÉCNICA À LARANJEIRAS/SE
Imagem 1: Interação e didática entre os alunos
do Curso de História UFS/EAD dos polos a distancia. Fonte: Professor Antônio
Lindvaldo Sousa. Data: 27/10/2012.
Tema geral: Laranjeiras: núcleo de povoamento da região da Cotinguiba
produtora da cana-de-açúcar.
Professor Dr. da Disciplina Historia de Sergipe I: ANTÔNIO LINDVALDO SOUSA
Tutora responsável do Polo a Distancia de N. S. das Dores: Caroline Assunção;
Outros Tutores dos Polos a Distância: - Andreza da Conceição Costa; - Rita Leoser da Silva Andrade.
Aluno: Manoel Paulo da Silva Santos – Pólo N. S. DAS DORES/SE
Imagem 2 – festividade envolvendo Laranjeiras e suas
representações culturais, econômicas e religiosas do município. Fonte: site da
prefeitura municipal de Laranjeiras, retirado na data: 28/10/12.
Laranjeiras
é um município brasileiro do estado de Sergipe, distante 23 quilômetros da
atual capital sergipana. Localiza-se a uma latitude 10º48'23" sul e a uma
longitude 37º10'12" oeste, estando a uma altitude de 9 metros. Sua
população estimada em 2010 era de 26.902 habitantes. Possui uma área de 163,4
km². Localizada na região Leste de Sergipe, o clima é quente e úmido ameno e
constante, sua temperatura não sofre variações bruscas, ficando na média de
25ºC. As principais rodovias de acesso são BR-235, BR-101 e SE-002. Há opção
por hidrovias pelos rios Sergipe e Cotinguiba em pequenas embarcações.
Imagem 4: localização
do município de Laranjeiras e suas vias de acesso. Fonte: Google Mapas. Acesso:
02/11/2012.
Distâncias entre algumas cidades sergipanas: Aracaju: 23 km, São Cristóvão: 34 km, Estância: 84 km, Capela: 56 km.
A
excursão intitulada “Laranjeiras: núcleo de povoamento da região da Cotinguiba
produtora da cana-de-açúcar.” teve como subsidio proporcionar aos interessados
uma maior compreensão da história e o beneficiamento da produção agrícola de
Sergipe, consequentemente, analisar o período de maior desenvolvimento
econômico em conjunto a cultivo canavieiro do estado. O objetivo principal é
compreender o papel da cidade de Laranjeiras enquanto núcleo de povoamento no
período da colonização e processo de desenvolvimento da província de Sergipe,
na fase de produção do açúcar no século XIX.
Depois do detalhamento das
atividades e analise do projeto de visita técnica, partimos para a observação
do ambiente de estudo, começando a aula publica pela Praça e Igreja da Matriz,
possuindo inúmeros atrativos coloniais e várias heranças culturais deixando
para a historicidade Laranjeirense, a exemplo das arquiteturas, monumentos e o
correto originários do período de desenvolvimento local. O professor relacionou
os vários momentos e a Crise do auge da cana-de-açúcar. Detalhou também a
importância e a ousadia da primeira igreja protestante construída em um período
o poderia é de dominação religiosa cristã da igreja católica. Deixa-se claro a
ideia e o beneficiamento econômico e também pelas condições geográficas na
região do cotinguiba, possuindo as principais redes de distribuição hidroviária
pelos rios e seus afluentes. O professor Antonio Lindvaldo buscando um maior
aprofundamento das questões econômicas, sociais e políticas marcantes do
período da produção agrícola em Laranjeiras. Mencionou os valores históricos
dos produtores de cana, dos trabalhares simples, da mão de obra escrava, e seus
inúmeros benefícios para o desenvolvimento do vale do continguiba. Depois montou
grupos de pesquisa local, para analisar os momentos marcantes e por fim avaliar
a sua atual situação perante o estudo na localidade.
Em seguida fomos com direção a
uma escola municipal localizada na rua Tobias Barreto, onde deu-se continuidade
a aula publica. Nota-se a importância de
Laranjeiras e sua organização com isso, iremos reconhecer nossas próprias
origens, as representações e por fim valorizar a história e a nossa
sergipanidade. Na visita percebi-se uma cidade viva e vivencia pela sua
historicidade e sua produção marcante do século XVIII com o seu período de
generalização da cana-de-açúcar. O comercio e a agricultura era e ainda possui
grande colaboração para o desenvolvimento do município em seus inúmeros período
e na atualidade.
Como foi mencionando no inicio
deste texto, o rio era de suma importância para a formação do núcleo de
povoamento e seu desenvolvimento. Nota-se a presença das diversidades culturais
entre os moradores deste povoamento, suas principais forças de trabalho, a
situação dos homens pobres e sua origem humilde, seus traços e sua produção
secundarias voltada para abastecimento local. Mencionou-se a presença e a
importância das feiras livres em Sergipe, mostrando a produção e motivação para
o comercio local e seu nível de subsidio humano, como ponto estratégico para geração
socioeconômica e cultural para o núcleo de povoamento de Laranjeiras.
Ao concluir a palestra do período
da manhã, o professor Lindvaldo, retratou sobre o valor das edificações civis e
religiosas para o desenvolvimento de Laranjeiras. Por fim, tornou-se necessário
uma relação entre os núcleos de povoamentos de São Cristovão e Laranjeiras,
diferenciando as condições geográficas e fatores estratégicos para suas
criações. Nota-se que São Cristovão foi escolhido pelas condições geográficas e
voltada pela formação da sua altitude, e tinha o interesse em formar uma forte
para a proteção como ponto estratégico. Já Laranjeiras, criada pelos fatores
econômicos e sua geração de renda pela produção e beneficiamento da
cana-de-açúcar e por parte do escoamento do rio.
Imagens 7 – Interação dos alunos e dinâmica de grupo. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II – UFS/CESAD, OUT, 2012.
Imagens 7 – Interação dos alunos e dinâmica de grupo. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II – UFS/CESAD, OUT, 2012.
Logo após
a aula didática, fomos conhecer os pontos importantes da cidade, os prédios
restaurados, a Universidade Federal de Sergipe, que em parceria com os órgãos estaduais
e federais, colaboraram para a melhoria e restauração da arquitetura local, as
ruas de pedras, a feira livre entre outros pontos visitados. Os grupos
inicialmente divididos foram avaliar a atual situação de cada monumento a ser
estudado para futuras observações e avaliações. Visitamos os atrativos
históricos e as belezas arquitetônicas do período colonial. Conhecemos as
igrejas e praças, grandes representantes da dominação jesuíta e o poder da
igreja católica do período colonial. Igrejas com características imagináveis,
verdadeiras riquezas das artes barrocas. Com monumentos históricos e museus onde
nos transporta ao uma conexão com o passado.
Imagens 8 – Momentos marcantes, relembrando as trajetórias da visita técnica Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II, ACESSO PESSOAL – UFS/CESAD, OUT, 2012.
Fomos almoçar e retornamos as 13:40h para a
segunda etapa de estudos e aprimoramento dos nossos conhecimentos. Com direção
a Igreja da Comandaroba, onde se deu prosseguimento aos estudos
laranjerenses. O professor Antônio Lindvaldo, realizou um resumo sobre os
principais pontos visto na pesquisa, e iniciou a conversação com os grupos
sobre as analises e seus olhares sobre a cidade de Laranjeiras. Em seguida foi
relatado sobre o maior criador de gado e personagem indispensável para as lutas
sanguentas de colonização de Sergipe, Garcia D’Avila, falou também sobre a
importância do núcleo de povoamento de São Cristovão, a questão do índio no
processo de independência de Sergipe, e por fim, ocorreu uma interpretação do
hino de Sergipe e o seu valor histórico e cultural para a libertação de Sergipe
e o seu grande passo marcante para o grito de independência, o brilho e a
alegria pela separação das províncias da Bahia e Pernambuco.
Vamos ao
detalhamento do momento retratado pelo meu grupo de pesquisa.
Imagem 9:
Primeira Igreja Evangilica de Sergipe, 1884. Fonte: acesso pessoal, grupo de estudo historia de Sergipe II.
Conforme
SOUSA (2010, p. 84) [...] a Igreja Presbiteriana, fundada pelos primeiros
missionários americanos em Sergipe, na década de 1880, como parte dessa
arquitetura religiosa, com o chamado “sobrado dos protestantes”.
Situada
na rua Tobias Barreto (centro), foi inaugurada em 19 de novembro de 1899 após
uma série de incidentes entre católicos e protestantes que iniciaram em 1844 e
agravaram-se quando o pastor norte-americano Alexander Latiner Blackford, após
visitas a Laranjeiras, fundou em 1884 a primeira Igreja Presbiteriana em
Sergipe. Até hoje a igreja mantém todas as suas atividades. Localizada no
Centro histórico da cidade.
CONCLUSÃO
Conclui-se que este relatório foi
fruto das ações sócio/educativas e voltado pra uma maior compreensão dos
verdadeiros acontecimentos e fatos históricos da cultura Sergipana, seu povo,
sua raça, sua origem, os primeiros moradores, seus costumes e saberes
(tradições, rituais), seu núcleo de povoamento, as colonizações jesuítas, e as
conquista de terras, a criação de bovinos e a guerra propriamente dita,
deixando de lado o modo de catequizar os índios e partindo pra luta armada com
o objetivo de avançar e conquistar o território que hoje, chamamos de Sergipe.
A produção canavieira e seu núcleo de povoamento, a cana-de-açúcar e seu
desenvolvimento econômico e sociocultural.
Por fim, concluo e deixo claro, a
grande importância desta visita técnica e principalmente deste contato entre
alunos, professor e tutores, uma verdadeira riqueza de ensinamento e valorização
dos estudos sobre a história propriamente dita do nosso estado, o melhor da
nossa Sergipanidade, rituais este que aproximam os estudos e ações futuras pra
um envolvimento com a cultura e a historia local.
Imagem 10: Interação da tutora com os discentes do
curso de historia – UFS - do pólo de N. S. das Dores. Fonte: Grupo de Estudo Historia de
Sergipe II – Manoel Paulo – UFS/CESAD, OUT, 2012.
Imagem 10: Interação do professor Lindvaldo com os
discentes do curso de historia – UFS - do pólo de N. S. das Dores. Fonte: Grupo de Estudo Historia de
Sergipe II – Manoel Paulo – UFS/CESAD, OUT, 2012.
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
AMARAL,
Sharyse Piroupo do. Escravidão, Liberdade e Resistência em Sergipe: Cotinguiba,
1860-1888, Tese (doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas, Salvador, 2007.
HOLANDA,
S. B.de. O Semeador e o Ladrilhador. In: Raízes do Brasil.Pag. 26. Ed. São
Paulo: Cia. das Letras, 1995.
RAMINELLI,
R. Simbolismo do espaço urbano colonial. In:
NUMES, M..T.Sergipe Colonial I. ed. São Cristóvão: Ed. da UFS/ Aracaju: Fundação
Ovieldo Teixeira, 2006.
SOUSA, A.
L. Temas de historia de Sergipe II. São Cristóvão: Universidade Federal de
Sergipe, CESAD, 2010.
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