Centro
de Educação Superior a Distância
RELATÓRIO
DA VISITA TÉCNICA À SÃO CRISTOVÃO/SE
Tema geral: São Cristóvão: núcleo de
povoamento necessário ao avanço das fronteiras da cristandade e à colonização
do território sergipano.
Professor
Dr. da Disciplina Historia de Sergipe I: ANTÔNIO LINDVALDO SOUSA
Tutores
Orientadores dos Polos a Distância: Andreza
Silva Mattos; Diogo Francisco; Josivânia Fonseva; Mateus Neto; e Wendel dos
Santos.
Aluno: Manoel Paulo da Silva Santos –
Pólo N. S. DAS DORES
SÃO
CRISTÓVÃO: VALORIZANDO A PRIMEIRA E
VERDADEIRA CAPITAL DA CULTURA SERGIPANA.
Imagem 1 – Praça
São Francisco no município de São Cristovão. Tombada com Patrimônio da
Humanidade. Fonte: Blog de Thiago Fragata, retirado na data: 19/12/11.
A
excursão intitulada “São Cristóvão: Núcleo de Povoamento necessário ao Avanço
das Fronteiras da Cristandade e a Colonização do Território Sergipano” teve
como subsidio proporcionar aos interessados uma maior compreensão da história e
colonização de Sergipe. O objetivo principal, é a busca pelo conhecimento e
também um maior intercambio cultural pela valorização do passado e seus
primeiros moradores, e a mistificação cultural existente entre índios,
colonizadores e jesuítas. Sabe-se que a esses diferentes povos tinham culturas
(modos de saber e fazer) diversificadas, esse choque entre diferentes povos,
causam consequentemente, a descaracterização da mesma, ou seja, a
desvalorização da cultura indígena que era predominante em Sergipe.
No
dia 18 de dezembro de 2011, na Praça São Francisco, pontualmente às 9h, deu
inicio a uma pequena apresentação de objetivos e detalhamento das atividades a
serem realizada no decorrer da visita. Esse encontro contou com a participação
dos discentes do curso de história EAD da Universidade Federal de Sergipe –
UFS, sobre coordenação do Professor Dr. Antônio Lindvaldo Souza, docente da
disciplina história de Sergipe I na mesma instituição, e também contamos com a
orientação dos tutores dos polos a distáncia.
Imagens
2 e 3 – Momento de apresentação do professor, tutores e alunos. Interação de
conhecimentos. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe I – UFS/CESAD DEZ,
2011.
Imagens
4 e 5 – Interação dos alunos e dinâmica de grupo. Fonte: Grupo de Estudo
Historia de Sergipe I – UFS/CESAD DEZ, 2011.
Imagem 6: aula
presencial do professor no Museu Historico de Sergipe. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe I – UFS/CESAD
DEZ, 2011.
Conforme
Dantas (1991), a questão das fontes é fundamental para que se possam
reconstituir os processos sociais, culturais e históricos vividos pelos índios.
Nota-se que os colonizadores generalizavam as tribos como só existissem os
Tupinambás, os que não fossem como era o caso dos Tapuias, povos bárbaros, sem
cultura, sem civilização. Deixa claro, que infelizmente não se tem uma
documentação que relate a visão das próprias tribos indígenas. O que se
encontra é uma olhar bipolar, onde quem retrata os índios são os colonizadores.
A
primeira experiência de colonização incidiu em 1575, com os jesuítas, que
encontraram forte resistência das tribos indígenas.
Com a apropriação dos colonizadores e o papel do dos jesuítas para o processo
religioso do catolicismo, tendo destaque nesta ação o Gaspar Lourenço, que
tinha com principio básico a catequização dos índios, descaracterizando seus
saberes e costumes e impondo os saberes da igreja católica.
A conquista determinante
aconteceu em 1590, com violentos combates pela posse da terra, procedendo na
dominação dos primeiros habitantes, por parte das tropas portuguesas comandadas
por Cristóvão de Barros. Por ordem da Coroa portuguesa, Cristóvão de Barros
fundou o Arraial de São Cristóvão, sede da capitania, à qual deu o nome de
Sergipe Del Rey.
Com o acelerado processo de povoamento
de Sergipe, inicia-se a criação de gado e o plantio de cana-de-açúcar. O gado
serviu de base para a economia, mas foi superado pela cana-de-açúcar, cultivada
principalmente no Vale do Cotinguiba. O cultivo da cana trouxe os primeiros
escravos da África para trabalhar na lavoura.
Conforme Sousa (2007), No dia 8
de julho de 1820, pelo meio do decreto de Dom João VI, Sergipe é emancipado da
Bahia, sendo elevado à categoria de Província do Império do Brasil e São
Cristóvão torna-se, então, a capital. No final no século XVIII, os senhores de
engenho lideram um movimento com o objetivo de transferir a capital para outra
região, onde houvesse um porto capaz de receber embarcações de maior porte para
facilitar o escoamento da produção açucareira, principal fonte da economia na
época (SOUSA, 2007).
Ao concluir a palestra o
professor Lindvaldo, nos mostrar a relação e o nível de importância dos rituais
dos santos, transmitindo a ligação entre a igreja, seu poder de colonização e
dominação, conectando os cultos católicos e a caracterização dos santos
representante da religião cristão.
Logo
após a aula didática, fomos almoçar e retornamos as 13:30h para a segunda etapa
de estudos e aprimoramento dos nossos conhecimentos. Visitamos os atrativos
históricos e as belezas arquitetônicas do período colonial. Conhecemos as
igrejas e praças, grandes representantes da dominação jesuíta e o poder da
igreja católica do período colonial. Igrejas com características imagináveis,
verdadeiras riquezas das artes barrocas. Com monumentos históricos e museus
onde nos transporta ao uma conexão com o passado e as artes sacras. Valorizando
a primeira e verdadeira capital da cultura sergipana. Vejamos mais detalhamento os momentos acima
mencionados.
- Igreja e Praça São Francisco
O
convento de Santa Cruz também é conhecido como São Francisco. O terreno onde se
encontra o convento de Santa Cruz foi doado pelo Sargento-mor Bernardo Correa
Leitão através de escritura emitida em 1659. A pedra fundamental para o
convento só foi lançada em 1693. O capital investido na construção foi
conseguido através de esmolas recolhidas entre a população da cidade.
Atualmente, o convento abriga o Museu da Arte Sacra.
A
praça representa um monumento cultura e nos transportar para uma incrível
viagem pela historia não só de Sergipe, mas também pela brasileiro um misto de
tradição e de religiosidade do seu povo. Foi construído no período conhecido
como União Ibérica, quando Portugal e Espanha estiveram unidos sob uma mesma
coroa, entre os anos de 1580 e 1640.
- Museu da arte Sacra
Foi
criado em 14 de abril 1974, com a função de preservar o patrimônio sacro de
Sergipe. Possui acervo de mais de 500 pecas, entre os séculos XVII e XX. Está
entre os três museus mais importantes do Brasil em gênero e numero de peças de
arte sacra. No interior encontra-se uma capela do XVIII.
- Museu Histórico de Sergipe
Instalado
no antigo Palácio Provincial, data do século XIX. Possui elementos de decoração
neoclássica, com frontão curvo e símbolo do império ao centro. É um museu
eminentemente eclético, sendo que a maioria das peças está ligada à fase do
Brasil Império, tendo grande valor para a historiografia sergipana.
CONCLUSÃO
Conclui-se
que este relatório foi fruto das ações sócio/educativas e voltado pra uma maior
compreensão dos verdadeiros acontecimentos e fatos históricos da cultura
Sergipana, seu povo, sua raça, sua origem, os primeiros moradores, seus
costumes e saberes (tradições, rituais), seu núcleo de povoamento, as
colonizações jesuítas, e as conquista de terras, a criação de bovinos e a guerra
propriamente dita, deixando de lado o modo de catequizar os índios e partindo
pra luta armada com o objetivo de avançar e conquistar o território que hoje,
chamamos de Sergipe.
Por
fim, concluo e deixo claro, a grande importância desta visita técnica e
principalmente deste contato entre alunos, professor e tutores, uma verdadeira
riqueza de ensinamento e valorização dos estudos sobre a história propriamente
dita do nosso estado, o melhor da nossa Sergipanidade, rituais este que
aproximam os estudos e ações futuras pra um envolvimento com a cultura e a
historia local.
REFERENCIA
BIBLIOGRÁFICA
HOLANDA, S. B.de. O Semeador e o Ladrilhador. In: Raízes do Brasil. Pag. 26. Ed. São
Paulo: Cia. das Letras, 1995.
RAMINELLI, R. Simbolismo
do espaço urbano colonial. In:
NUMES, M..T. Sergipe Colonial I. ed.
São
Cristóvão: Ed. da UFS/ Aracaju: Fundação Ovieldo Teixeira, 2006.
SOUSA, A. L. Temas
de historia de Sergipe I. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe,
CESAD, 2007.
Ok. Você atingiu a meta da atividade.Parabéns!!!
ResponderExcluirAbraços.
Andreza.
Olá Paulo, encontrei o seu blog e vi que você é um estudioso da história e da cultura sergipana, então gostaria de te convidar para ser colaborador do meu blog, Cronistas-SE, ja que falamos do mesmo assunto. Poderia entrar em contato comigo para maiores detalhes em: antonio_pradojr@hotmail.com
ResponderExcluirAguardo o seu retorno. até mais.