quarta-feira, 7 de novembro de 2012


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA

RELATÓRIO DA VISITA TÉCNICA À LARANJEIRAS/SE


Imagem 1: Interação e didática entre os alunos do Curso de História UFS/EAD dos polos a distancia. Fonte: Professor Antônio Lindvaldo Sousa. Data: 27/10/2012

Tema geral: Laranjeiras: núcleo de povoamento da região da Cotinguiba produtora da cana-de-açúcar.

Professor Dr. da Disciplina Historia de Sergipe I: ANTÔNIO LINDVALDO SOUSA

Tutora responsável do Polo a Distancia de N. S. das Dores: Caroline Assunção;

Outros Tutores dos Polos a Distância:  - Andreza da Conceição Costa; - Rita Leoser da Silva Andrade.

Aluno: Manoel Paulo da Silva Santos – Pólo N. S. DAS DORES/SE

LARANJEIRAS: SUA HISTORICIDADE E O E A RIQUEZA ENVOLVENDO CICLO DE PRODUÇÃO CANAVIEIRA NO VALE DO COTINGUIBA.

  
Imagem 2 – festividade envolvendo Laranjeiras e suas representações culturais, econômicas e religiosas do município. Fonte: site da prefeitura municipal de Laranjeiras, retirado na data: 28/10/12.

Laranjeiras é um município brasileiro do estado de Sergipe, distante 23 quilômetros da atual capital sergipana. Localiza-se a uma latitude 10º48'23" sul e a uma longitude 37º10'12" oeste, estando a uma altitude de 9 metros. Sua população estimada em 2010 era de 26.902 habitantes. Possui uma área de 163,4 km². Localizada na região Leste de Sergipe, o clima é quente e úmido ameno e constante, sua temperatura não sofre variações bruscas, ficando na média de 25ºC. As principais rodovias de acesso são BR-235, BR-101 e SE-002. Há opção por hidrovias pelos rios Sergipe e Cotinguiba em pequenas embarcações.
Imagem 3: localização do município de Laranjeiras e suas vias de acesso. Fonte: Google Mapas. Acesso: 02/11/2012.  


Imagem 4: localização do município de Laranjeiras e suas vias de acesso. Fonte: Google Mapas. Acesso: 02/11/2012.  

Distâncias entre algumas cidades sergipanas: Aracaju: 23 km, São Cristóvão: 34 km, Estância: 84 km, Capela: 56 km.
A excursão intitulada “Laranjeiras: núcleo de povoamento da região da Cotinguiba produtora da cana-de-açúcar.” teve como subsidio proporcionar aos interessados uma maior compreensão da história e o beneficiamento da produção agrícola de Sergipe, consequentemente, analisar o período de maior desenvolvimento econômico em conjunto a cultivo canavieiro do estado. O objetivo principal é compreender o papel da cidade de Laranjeiras enquanto núcleo de povoamento no período da colonização e processo de desenvolvimento da província de Sergipe, na fase de produção do açúcar no século XIX.
No dia 27 de outubro de 2012, na Praça da Matriz do município de Laranjeiras, pontualmente às 9h: 30min deu inicio a uma pequena apresentação de objetivos e detalhamento das atividades a serem realizada no decorrer da visita. Esse encontro contou com a participação dos discentes do curso de história EAD da Universidade Federal de Sergipe – UFS, sobre coordenação do Professor Dr. Antônio Lindvaldo Souza, docente da disciplina história de Sergipe II na mesma instituição, e também contamos com a orientação dos tutores dos polos a distancia.


Imagem 5 e 6 – Momento de apresentação do professor, tutores e alunos. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II – Manoela Andrade – UFS/CESAD, OUT, 2012.






Depois do detalhamento das atividades e analise do projeto de visita técnica, partimos para a observação do ambiente de estudo, começando a aula publica pela Praça e Igreja da Matriz, possuindo inúmeros atrativos coloniais e várias heranças culturais deixando para a historicidade Laranjeirense, a exemplo das arquiteturas, monumentos e o correto originários do período de desenvolvimento local. O professor relacionou os vários momentos e a Crise do auge da cana-de-açúcar. Detalhou também a importância e a ousadia da primeira igreja protestante construída em um período o poderia é de dominação religiosa cristã da igreja católica. Deixa-se claro a ideia e o beneficiamento econômico e também pelas condições geográficas na região do cotinguiba, possuindo as principais redes de distribuição hidroviária pelos rios e seus afluentes. O professor Antonio Lindvaldo buscando um maior aprofundamento das questões econômicas, sociais e políticas marcantes do período da produção agrícola em Laranjeiras. Mencionou os valores históricos dos produtores de cana, dos trabalhares simples, da mão de obra escrava, e seus inúmeros benefícios para o desenvolvimento do vale do continguiba. Depois montou grupos de pesquisa local, para analisar os momentos marcantes e por fim avaliar a sua atual situação perante o estudo na localidade. 
Em seguida fomos com direção a uma escola municipal localizada na rua Tobias Barreto, onde deu-se continuidade a aula publica.  Nota-se a importância de Laranjeiras e sua organização com isso, iremos reconhecer nossas próprias origens, as representações e por fim valorizar a história e a nossa sergipanidade. Na visita percebi-se uma cidade viva e vivencia pela sua historicidade e sua produção marcante do século XVIII com o seu período de generalização da cana-de-açúcar. O comercio e a agricultura era e ainda possui grande colaboração para o desenvolvimento do município em seus inúmeros período e na atualidade.   
Como foi mencionando no inicio deste texto, o rio era de suma importância para a formação do núcleo de povoamento e seu desenvolvimento. Nota-se a presença das diversidades culturais entre os moradores deste povoamento, suas principais forças de trabalho, a situação dos homens pobres e sua origem humilde, seus traços e sua produção secundarias voltada para abastecimento local. Mencionou-se a presença e a importância das feiras livres em Sergipe, mostrando a produção e motivação para o comercio local e seu nível de subsidio humano, como ponto estratégico para geração socioeconômica e cultural para o núcleo de povoamento de Laranjeiras.
Ao concluir a palestra do período da manhã, o professor Lindvaldo, retratou sobre o valor das edificações civis e religiosas para o desenvolvimento de Laranjeiras. Por fim, tornou-se necessário uma relação entre os núcleos de povoamentos de São Cristovão e Laranjeiras, diferenciando as condições geográficas e fatores estratégicos para suas criações. Nota-se que São Cristovão foi escolhido pelas condições geográficas e voltada pela formação da sua altitude, e tinha o interesse em formar uma forte para a proteção como ponto estratégico. Já Laranjeiras, criada pelos fatores econômicos e sua geração de renda pela produção e beneficiamento da cana-de-açúcar e por parte do escoamento do rio.
Imagens 7 – Interação dos alunos e dinâmica de grupo. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II – UFS/CESAD, OUT, 2012.
Logo após a aula didática, fomos conhecer os pontos importantes da cidade, os prédios restaurados, a Universidade Federal de Sergipe, que em parceria com os órgãos estaduais e federais, colaboraram para a melhoria e restauração da arquitetura local, as ruas de pedras, a feira livre entre outros pontos visitados. Os grupos inicialmente divididos foram avaliar a atual situação de cada monumento a ser estudado para futuras observações e avaliações. Visitamos os atrativos históricos e as belezas arquitetônicas do período colonial. Conhecemos as igrejas e praças, grandes representantes da dominação jesuíta e o poder da igreja católica do período colonial. Igrejas com características imagináveis, verdadeiras riquezas das artes barrocas. Com monumentos históricos e museus onde nos transporta ao uma conexão com o passado.
Imagens 8 – Momentos marcantes, relembrando as trajetórias da visita técnica  Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II, ACESSO PESSOAL – UFS/CESAD, OUT, 2012.

 Fomos almoçar e retornamos as 13:40h para a segunda etapa de estudos e aprimoramento dos nossos conhecimentos. Com direção a Igreja da Comandaroba, onde se deu prosseguimento aos estudos laranjerenses. O professor Antônio Lindvaldo, realizou um resumo sobre os principais pontos visto na pesquisa, e iniciou a conversação com os grupos sobre as analises e seus olhares sobre a cidade de Laranjeiras. Em seguida foi relatado sobre o maior criador de gado e personagem indispensável para as lutas sanguentas de colonização de Sergipe, Garcia D’Avila, falou também sobre a importância do núcleo de povoamento de São Cristovão, a questão do índio no processo de independência de Sergipe, e por fim, ocorreu uma interpretação do hino de Sergipe e o seu valor histórico e cultural para a libertação de Sergipe e o seu grande passo marcante para o grito de independência, o brilho e a alegria pela separação das províncias da Bahia e Pernambuco.
Vamos ao detalhamento do momento retratado pelo meu grupo de pesquisa.
Igreja Presbiteriana


Imagem 9: Primeira Igreja Evangilica de Sergipe, 1884. Fonte: acesso pessoal, grupo de estudo historia de Sergipe II.

Conforme SOUSA (2010, p. 84) [...] a Igreja Presbiteriana, fundada pelos primeiros missionários americanos em Sergipe, na década de 1880, como parte dessa arquitetura religiosa, com o chamado “sobrado dos protestantes”.
Situada na rua Tobias Barreto (centro), foi inaugurada em 19 de novembro de 1899 após uma série de incidentes entre católicos e protestantes que iniciaram em 1844 e agravaram-se quando o pastor norte-americano Alexander Latiner Blackford, após visitas a Laranjeiras, fundou em 1884 a primeira Igreja Presbiteriana em Sergipe. Até hoje a igreja mantém todas as suas atividades. Localizada no Centro histórico da cidade.
CONCLUSÃO
Conclui-se que este relatório foi fruto das ações sócio/educativas e voltado pra uma maior compreensão dos verdadeiros acontecimentos e fatos históricos da cultura Sergipana, seu povo, sua raça, sua origem, os primeiros moradores, seus costumes e saberes (tradições, rituais), seu núcleo de povoamento, as colonizações jesuítas, e as conquista de terras, a criação de bovinos e a guerra propriamente dita, deixando de lado o modo de catequizar os índios e partindo pra luta armada com o objetivo de avançar e conquistar o território que hoje, chamamos de Sergipe. A produção canavieira e seu núcleo de povoamento, a cana-de-açúcar e seu desenvolvimento econômico e sociocultural.
Por fim, concluo e deixo claro, a grande importância desta visita técnica e principalmente deste contato entre alunos, professor e tutores, uma verdadeira riqueza de ensinamento e valorização dos estudos sobre a história propriamente dita do nosso estado, o melhor da nossa Sergipanidade, rituais este que aproximam os estudos e ações futuras pra um envolvimento com a cultura e a historia local.

ANEXO DO GRUPO
Imagem 10: Interação da tutora com os discentes do curso de historia – UFS - do pólo de N. S. das Dores. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II – Manoel Paulo – UFS/CESAD, OUT, 2012.   


Imagem 10: Interação do professor Lindvaldo com os discentes do curso de historia – UFS - do pólo de N. S. das Dores. Fonte: Grupo de Estudo Historia de Sergipe II – Manoel Paulo – UFS/CESAD, OUT, 2012.   


REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

AMARAL, Sharyse Piroupo do. Escravidão, Liberdade e Resistência em Sergipe: Cotinguiba, 1860-1888, Tese (doutorado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Salvador, 2007.
HOLANDA, S. B.de. O Semeador e o Ladrilhador. In: Raízes do Brasil.Pag. 26. Ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
RAMINELLI, R. Simbolismo do espaço urbano colonial. In: NUMES, M..T.Sergipe Colonial I. ed. São Cristóvão: Ed. da UFS/ Aracaju: Fundação Ovieldo Teixeira, 2006.
SOUSA, A. L. Temas de historia de Sergipe II. São Cristóvão: Universidade Federal de Sergipe, CESAD, 2010.